No Brasil multicor, dependendo a paleta
É valeta
Caixão, vela preta
Na vala a descer
E aqui é sortido, nada sortudo
Sem sorte, muito menos sorteado
É sempre o mesmo grupo
Colorido, todo preto e vermelho estrelado
Nosso verde da mata mata
Não amarela
Seu progresso desordenado
Deixa sequelas
A união de cores da aquarela
Num tom fosco apagado
Às vezes, é preciso, melhor assim
Que apagado, deletado,
no sentido de dar fim
Sim, aqui se matam vermelhos
De pele ou de partido
Pretos na pele, e esse é o motivo
Quem é pelo arco-íris identificado
Também muito arriscado
Se está na sigla definido
Sim, é tudo disfarce
Esse país tropical que se fantasia de carnaval
A nossa real face
É ser o país mais perigoso
A quem busque o gozo no sexo igual
Morre pela origem do prazer
Com dolo e com aval
Inclusive eleitoral
Sim, o povo brasileiro se encontrou
Assumiu a postura, impostora
Hipócrita, conservadora
Que tenta se impor
Sem pudor de disparar e matar
Armada, em nome do Senhor
Cristo que nem ouse voltar
Iriam confundí-lo pela cor
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