terça-feira, dezembro 08, 2009

Novo

Por que temos fascínio pelo novo? Um novo sonho, um novo presente, um novo brinquedo... E por que não, um novo amor?

Nossa, quando dei por conta, já havia escrito a palavra amor. Como já tive restrições em usar esse termo... Acho que acostumei, ou quem sabe, perdi o medo de utilizá-lo.

Enfim, voltando ao novo. Um tanto contraditório, não é? Nem tanto. Como já dizia a canção: “Mudaram as estações, nada mudou, mas eu sei que alguma coisa aconteceu, ta tudo assim, tão diferente”; ou a outra: “Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia”. Ambas não são o maior hit do momento. Já passaram... mas ainda caem bem nos tempos atuais.

Na música, o novo fascina. Os Titãs também já relataram, de forma impecável, esse “amor” pela novidade. A nova idade ou, simplesmente, o mais moderninho atrai a atenção mesmo. Seja o novo modelo de algum vestido da estação, seja a nova camisa do time de coração. Um detalhe traz toda a modificação. E como muda...

A água que corre no rio a cada instante é diferente. Um balanço a mais, um balanço a menos faz toda a diferença, muda a aparência. Mas relaxe, esse fascínio não é doença. Pelo menos, essa é minha crença.

Enfim o novo... Há pouca gente que dispensa e pensa que o novo não compensa, no entanto, repensa e pode-se mudar a conclusão e analisar a situação. Tem coisa de montão que não é questão de opinião, é reflexão, discussão, é definição, seja a certa ou não.

Às vezes é errando que se aprende e se compreende que inovação nem sempre é solução. Muitos métodos antiquados, ou melhor, não tão novinhos ou só mais antigos, ou para rimar, mas experimentados podem ser, hoje em dia aplicados e serem a resposta suficiente para qualquer problema que enfrente e independente do lado que venha, por trás ou pela frente, deve-se ser coerente, no passado, futuro ou presente, para que, de forma consciente, tenhamos a atitude inteligente para sermos o máximo eficiente e resolver o que queremos ser, o que queremos ter e distinguir querer de poder.

Devemos também perceber, entender e escolher qual horizonte seguir pro futuro não sucumbir às velhas formas, às velhas normas. Eu sei que hoje, o amanhã já é ontem e que o mundo não para um segundo de evoluir (ou regredir?!), pelo menos na questão tecnológica e, parece que se esquece a lógica e a questão histórica e genealógica.

Se não fosse o passado, o presente não seria como é, e pode crer, tenha fé que é fato, que passo a passo, ato a ato, o dia voa como um jato, foguete ou avião, mas não haveria condição de se chegar à Lua, se não olhamos nem pro outro lado da rua. Enxergamos qualquer um dos planetas, pela lente da luneta vemos longe, muito longe e esquecemos que ao nosso lado, no nosso lar, no nosso passado, nos antepassados, é que o nosso futuro se esconde. Só precisamos achar onde...

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