quarta-feira, maio 26, 2010

Invicto

“Graças a Deus, todos os que eu votei, sempre ganharam. Nisso, sempre dei sorte”. Juro que ouvi isso há alguns dias. E, mais ou menos, uns 10 dias depois, veio à lembrança esta fala. Em seguida, surgiu a seguinte pergunta: “Eles ganharam”. E você? Ganhou também? Pelas condições que apresenta, parece que não.

Sou pé quente na eleição. Sempre depositei meu voto no campeão, ou melhor, no eleito. E, sei lá, sinto-me mais no direito, já que o ajudei a elegê-lo. Mas, como cidadão ocupado que sou, já fiz minha parte. Votei. Agora, cabe a ele cumprir o que prometeu e o motivo pelo qual mereceu meu voto. Tem aqueles que chegam a ser devotos. Independente da corrupção, no próximo pleito, não tem jeito, vota no mesmo cidadão.

Tem uns que vêm aqui em ano de eleição, pedem votos, dão uma ajeitada aqui, outra ali, mostram-se interessados e que estão olhando para esses lados também. Conseguem a confiança de um vizinho ou outro que, no dia certo, se lembram da visitinha e com sua carteirinha, aquela eleitoral, saem às ruas em procissão e exercem sua conquista democrática de escolher o governante. E, secos pela lei, após o voto, é festa.

Dia de eleição parece dia de comemoração. E é. A “festa da democracia”! Será que, dessa vez, vou acertar quem vai ganhar? Esse é o intuito do meu voto. Ganhar. Vencer junto com o candidato escolhido. Vencermos juntos: ele, eu e o povo. Não voto em derrotado! Depois da apuração, vamos tomar uma para comemorar. Agora pode!

Daqui dois anos tem mais eleições, mais visitinhas e mesmo com todas as dificuldades do dia a dia... ah, isso não importa. Dou sorte, voto em quem ganha.

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