sexta-feira, maio 28, 2010

Proposto... Imposto

Começa um novo dia no Congresso
Reuniões, discussões e sanções
De leis, impostos e outras ações
Há interpelações, intervenções
E mentirosos aos montões

E por que não dizer ou se esquecer
De escândalos e mensalões?

Somos bobinhos de tudo, espertalhões
Feito os Três Patetas ou Trapalhões
Pagamos tudo sem reivindicações

Votos daqui, votos dali, imposto
Próximo projeto na ordem do dia
Mais votos daqui, mais votos dali, mais um imposto
Imposto mesmo, sem pedir opiniões
Danem-se as reclamações
Imposto, taxa, cobrança, desprezo,
Mau atendimento, ignorância, estupidez
Tudo isso, todo dia, de uma vez
E pagamos tudo, tudo o que gastarem
Desde viagens aos cartões corporativos
Pagamos passagem e hospedagem
Afinal, seus impostos provisórios se tornam definitivos

Próxima votação do dia:
Comecemos a votar (secreto) de novo
Decisão: mais um imposto pro povo
Pro povo não, no povo
Desculpe, não enxergo os resultados
Nem a aplicação de cada centavo
Por meio ano, sou escravo
Trabalho pra pagar o governo
E pra seu governo, trabalho bastante
Pra sustentar o governante e às vezes, sua amante
Sigamos a diante; por mais que não adiante,
Insisto em ser relutante

Quase cinco meses inteiros, oito ou mais horas/dia
Pagando em prestações e, mesmo assim,
Sem escapar do imposto do imposto
Aquele de renda, renda que entra e sai
Direto pro cofre, pro tesouro nacional
E ai de mim, se não cobrir com esse custo
Serei cercado a qualquer custo
Quer ou não, concordando ou não se isso é justo
E justo nesse mês, maio, no finalzinho
É que lembro que há uns 10 dias, para ser preciso, 2 a mais
Há doze dias, se celebrou o dia daquela assinatura
122 anos atrás, a princesa assinou e os escravos libertou
Abolição da escravatura, daquela vida dura
De chibatadas e de exploração pura
Mas, será? As chibatadas viraram impostos
O trabalho foi registrado e aquele salarinho pra pagar moradia
Comida, saúde e o patrão
Mudou de receptor, mudou de mão
Agora cai direto na conta, na cueca, na mala, na meia
Disfarçado com gravata, sem deixar de ser ladrão
E, não mais como antigamente, em caráter de prisão
Esse chefe escolhemos; chamamos isso de eleição

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